A ação do celular é semelhante para crianças e adultos
Na fabricação de celulares, há regras que precisam ser cumpridas para
que a exposição do usuário à radiofrequência não exceda limites estabelecidos
por recomendações internacionais e por normas nacionais de segurança. Estes
limites são dados em termos de taxa de absorção específica (SAR),
e a determinação desta grandeza é feita em objetos simuladores de cabeça,
denominados manequim antropomórfico específico (SAM).
Embora muitos estudos venham confirmando que o SAM
é um modelo experimental seguro, um grupo de pesquisadores vem
questionando o seu uso, sobretudo para crianças. Para responder de
forma mais segura a estas indagações, um estudo recente apresenta um amplo
conjunto de cenários, todos de grande realismo, nos quais a SAR foi determinada
por estudos numéricos e com a metodologia tradicional usando o SAM.
Foram utilizados dados de imagens por ressonância
magnética de 9 cabeças reais, de idades variando de 3 a 40 anos, e 4 mãos
reais, além de 5 celulares (sendo 2 modelos comerciais e três modelos
simplificados), operando com frequências de 900, 1750 e 1950 MHz. Os resultados
obtidos em mais de 400 cenários confirmam que o SAM é um modelo experimental
seguro para a grande maioria das situações.
Além disso, o estudo permite, pelo menos, mais duas
conclusões muito importantes. A primeira é que os cenários infantis tiveram
resultados semelhantes aos cenários com cabeças de adultos, não havendo indício
de que há maior prejuízo às crianças devido à metodologia aplicada para
verificação da SAR (taxa de absorção específica).
A segunda conclusão é sobre a relevância da
simulação das mãos no cenário de exposição. Há estudos divergentes deste
assunto que apontam ora as mãos como fator agravador da SAR ora como fator
atenuador da SAR [8]. Este recente estudo encontrou que em 92% das situações as
mãos diminuem a taxa de absorção específica e apenas em 2% observa-se aumento
da SAR em mais de 10%.
De modo geral, este estudo tranquiliza os usuários
dos celulares, confirmando que os limites atualmente estabelecidos são
igualmente válidos e aplicáveis para adultos e crianças e para situações reais
nas quais as mãos são parte do cenário de estudo.
A ação do celular é semelhante para crianças e adultos
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