E se Albert Einstein nunca tivesse existido?
A história do século XX teria sido radicalmente
diferente se o físico alemão Albert Einstein (1879-1955) não tivesse nascido
nem descoberto, portanto, para espanto geral da humanidade, que matéria e
energia são duas faces de uma mesma moeda e que podem ser transformadas uma na
outra. A Teoria da Relatividade, exposta pela primeira vez pelo físico alemão
em 1905, mas apresentada na íntegra 13 anos mais tarde, reformulou a Física,
até então presa aos princípios do inglês Isaac Newton, ainda no século XVII.
Sem Albert Einstein, o mundo da reflexão sobre
a física ficaria deserto de algumas das idéias mais instigantes da ciência do
século XX. Einstein passou a vida sonhando com a unificação da teoria física,
coisa à qual o astrofísico inglês Stephen Hawking (autor do best-seller Uma
Breve História do Tempo) – entre outros pesquisadores modernos – começou a dar
forma somente nas últimas décadas, graças à mudança de mentalidade no mundo da
ciência, atualmente muito mais aberto à integração entre as disciplinas. A unificação
da Mecânica Quântica com a Teoria da Relatividade, desejada por Einstein,
somente aconteceu nas últimas décadas. E desse casamento surgiram inovações
formidáveis e essenciais como a microeletrônica, o raio laser e os
supercondutores.
Sem o legado de Einstein, certamente um grande
número de reflexões sobre o universo não seria hoje assunto nos jornais do
mundo inteiro. (Mesmo a expressão popular “tudo é relativo” paga tributo à
teoria do físico alemão. Imagine um mundo sem ela...) Até porque a Física
newtoniana não teria o mesmo fôlego para explicar os mundos virtuais propostos
por intrincadas equações matemáticas em campos como informática e inteligência
artificial. Sem a revolução proposta por Einstein, provavelmente nenhuma dessas
conquistas tecnológicas existiria.
Foi a relatividade de Einstein que levou à
fórmula da bomba atômica. As novas armas deram um ponto final na Segunda Guerra
e, nas décadas seguintes, impuseram à humanidade a lógica da Guerra Fria. Sem a
bomba – que devastou as cidades de Hiroshima e Nagasaki em 1945 –, o Japão
talvez tivesse caído sob controle soviético em vez do americano e é possível
que nenhum dos avanços tecnológicos que o capitalismo japonês nos deu ao longo
dos últimos 50 anos tivesse existido. Imagine um mundo sem Sony, Honda,
Nintendo. Ou seja: sem Einstein, não haveria Mario Bros.
No campo da política, as conseqüências da
não-existência de Einstein seriam ainda mais chocantes: sem a tensão e a
batalha de nervos da Guerra Fria, que transformou o mundo numa arena política
bipolarizada, não haveria sentido no esforço político que o presidente John
Kennedy fez para chegar primeiro à Lua. É bem possível que ainda não tivéssemos
posto os pés em sua superfície. (É claro que, até os dias de hoje, há muita
gente que desconfia da proeza americana, dizendo que apenas São Jorge colocou
os pés na Lua. Mas isso é outra história.)
E se Albert Einstein nunca tivesse existido?
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17:23:00
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